quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Soluções engenhosas


No nosso dia-a-dia temos por hábito deitar fora materiais que, com alguma criatividade, poderão ser muito úteis no jardim. E para quem não tem o espaço, recursos ou o dinheiro que gostaria de ter para melhorar o jardim, estes materiais poderão tornar-se numa boa alternativa e, melhor ainda, recicla-se materiais que caso contrário poderiam poluir o meio-ambiente. 

Por exemplo, o cartão (não colorido) é optimo para a compostagem. Outra coisa que também tenho por hábito fazer é reciclar folhas de jornal para fazer pequenos vasos para as plantas. A grande vantagem é que, quando chegar a hora de plantar, basta molhar bem o vaso e plantar directamente na terra sem que as raízes sejam perturbadas. 

As garrafas e garrafões de água são óptimos sistemas de rega gota-a-gota. Se decidir ausentar-se  de casa durante uns dias e tem receio que as suas plantas possam vir a ter falta de água, encha uma garrafa, ou um garrafão caso sejam várias plantas ou o período de ausência seja longo, faça um pequeno furo no fundo e coloque a garrafa em pé sobre o solo. Verá que a água se irá libertar lentamente, permitindo assim à planta ter uma fonte permanente de água durante algum tempo, sem que ela fique encharcada. 

Aqui no meu jardim, como tenho falta de espaço para fazer sementeiras directas de todas as plantas, utilizo os tabuleiros de esferovite da carne que se compra no supermercado como tabuleiro de germinação. Basta apenas fazer alguns furos para drenar bem a água e, em poucos segundos, tenho o problema resolvido. Quando as plantas começam a desenvolver as folhas verdadeiras, coloco-as então num vaso individual. Depois escolho as melhores para colocar no jardim. 

Por outro lado, se gostava de semear algumas plantas, legumes ou flores, e não tem estufa para as proteger do frio e da geada, eis o meu truque. Uma vez mais reutilizo as embalagens da carne do supermercado, mas destas vez as de plástico transparente. Uma, eu utilizo como tabuleiro de germinação e, a outra, utilizo como cobertura. Em poucos segundos tenho uma pequena estufa, que não me custou qualquer dinheiro. Pode ser colocada num parapeito da janela onde apanhe sol ou até mesmo deixada na rua, desde que cole as embalagens com fita-cola. Eu coloco simplesmente um peso em cima por causa do vento. 




No final do Outono semeei duas variedades de alface que, mesmo sendo variedades para cultivo de Inverno, tiveram sérias dificuldades em germinar e crescer com o frio de Dezembro de Janeiro. No final de Janeiro semeei a alface "Rainha de Maio" usando uma destas estufas improvisadas e os resultados foram impressionantes. Oram vejam as diferenças: 



A variedade de trás, a "Rainha de Maio", conseguiu, em menos de um mês desde a sementeira, crescer o dobro em relação às duas da frente que demoraram mais de 2 meses para chegar a este estado. 

À primeira vista pode parecer que esta técnica de sementeira não rende plantas suficientes, mas na realidade, estes três tabuleiros produziram mais de trezentas alfaces. Bastou-me apenas transplantá-las para os tabuleiros alveolares, onde irão agora crescer durante mais um par de semanas até estarem prontas a serem plantadas. É um processo que requer alguma paciência, mas vale a pena porque consegue-se maximizar o espaço e não há desperdício de plantas.








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